terça-feira, 20 de março de 2012

A Sagração da Primavera!

Porque hoje chegou a Primavera. Porque é confortante. Porque passou o Inverno. Porque há criatividade e porque há iniciativas que merecem um aplauso:

A TSF desafiou a Orquestra Sinfónica Portuguesa a tocar 'A Sagração da Primavera' de Stravinsky. Concerto hoje, às 13.00, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, tem entrada livre.
Há melhor maneira de começar a primavera do que com um concerto à hora do almoço? Esta é a proposta que a TSF e a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) fazem a todos os que estiverem na zona do Marquês de Pombal, em Lisboa, hoje, pelas 13.00. Que comam depressa e deem um pulinho ao Parque Eduardo VII. Que tragam o almoço e aproveitem para fazer um piquenique. Que abrandem um pouco o ritmo para, durante pouco mais de meia hora, ouvirem A Sagração da Primavera, de Stravinsky. A entrada é livre.
"Esta foi uma ideia louca do nosso jornalista de cultura José Carlos Barreto", explica o diretor da TSF, Paulo Baldaia. Graças ao apoio da Câmara de Lisboa, através da Egeac, o palco foi montado no parque, pronto a receber os mais de 100 músicos. "Além dos músicos, há dezenas de pessoas envolvidas na montagem e na produção de um concerto que vai ter apenas 33 minutos, que é quanto dura A Sagração da Primavera."
A OSP aceitou o desafio com entusiasmo. "É uma iniciativa que tem tudo a ver com a nossa atividade que também é um serviço público, pois queremos chegar a cada vez mais pessoas e levar a música a um público que não é especialista", diz o maestro César Viana, administrador do Opart, o organismo que tutela o Teatro Nacional de São Carlos. "Nós já costumamos fazer isso com o Festival Ao Largo, mas isso é ainda ao pé de casa [no Largo de São Carlos]. Desta vez vamos para mais longe e, sendo no centro da cidade à hora do almoço, vamos com certeza chegar a um público muito mais vasto. É uma oportunidade para lhes mostrar que a música clássica não é um bicho papão e que pode ser muito divertida."
E é uma oportunidade, também, para a OSP mostrar a sua qualidade. "Este é de facto uma obra muito complexa, difícil de tocar é um desafio não só para os músicos como para o maestro Martin André. Só grandes orquestras é que conseguem tocar A Sagração da Primavera." Só que, sendo uma peça muito difícil de tocar "não é nada difícil de escutar, antes pelo contrário, é contagiante."
(in DN)

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